A
partir de abril, os empresários do comércio varejista passarão a pagar menor
contribuição para a Previdência Social, anunciou hoje (19) o ministro da
Fazenda, Guido Mantega. O setor foi incluído na desoneração de folha de
pagamentos. Em vez de destinarem 20% da folha de salários para o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), os lojistas passarão a pagar 1% sobre o
faturamento.
Segundo
Mantega, a inclusão do varejo completará um ciclo de desonerações para produtos
cujos fabricantes já foram beneficiados pela medida. “Diversos produtos que já
foram desonerados na produção, agora serão no comércio varejista. Estamos
falando da loja que comercializa essas mercadorias”, explicou.
De
acordo com o ministro, a medida terá impacto direto não apenas sobre o emprego
formal, mas sobre o consumo. “A desoneração da folha de pagamentos beneficia o
consumidor porque significa redução de custo importante para os lojistas. Isso
se reflete em preços menores no comércio e significa que a inflação crescerá
menos em função disso”, declarou.
Ao
todo, 22 ramos do comércio varejista serão beneficiados com a desoneração da
folha. Entre os principais, estão lojas de departamentos, de materiais de
construção, de equipamentos de informática, de móveis e de vestuário. Segundo
Mantega, os supermercados ficaram de fora da medida porque o setor não quis
aderir ao novo modelo.
Atualmente,
o comércio varejista paga R$ 5,69 bilhões por ano de contribuição patronal ao
INSS. Com a adesão ao novo sistema, passará a pagar R$ 3,98 bilhões. Levando em
consideração que a medida só entrará em vigor em abril, o governo deixará de
arrecadar R$ 1,27 bilhão em 2013. A partir de 2014, a perda anual está estimada
em R$ 2,1 bilhões.
Com
o comércio varejista, o número de setores da economia que aderiram à
desoneração da folha de pagamentos subiu para 42. No início de dezembro, o
governo tinha anunciado que o setor de material de construção também mudaria a
forma de pagamento da contribuição para a Previdência Social. Conforme Mantega,
somente no ano que vem, o governo deixará de arrecadar R$ 16 bilhões com a
desoneração para todos esses setores.
O
ministro disse acreditar que mais setores da economia passarão a fazer parte do
novo modelo, principalmente os intensivos em mão de obra. “A desoneração [da
folha de pagamentos] vai ser crescente. Aos poucos, novos setores vão se
incorporando, dependendo da vontade de eles entrarem. Isso é importante para
que o custo da mão de obra caia, e o emprego aumente”, disse.
Por
causa da adesão de novos setores, o governo decidiu incluir uma emenda ao
projeto do Orçamento Geral da União de 2013 aumentando o valor das desonerações
da folha de pagamento em R$ 800 milhões.
Confira a lista dos segmentos do comércio varejista
beneficiados:
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Lojas de departamentos ou magazines
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Materiais de construção
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Equipamentos e suprimentos de informática
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Equipamentos de telefonia e comunicação
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Eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo
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Móveis
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Artigos de vestuário, complementos e acessórios
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Tecidos
–
Artigos de armarinho
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Artigos de cama, mesa e banho
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Livros
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Jornais e revistas
–
Artigos de papelaria
–
Discos, CDs, DVDs e fitas
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Artigos fotográficos e para filmagens
–
Brinquedos e artigos recreativos
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Artigos esportivos
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Produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas
–
Cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal
–
Calçados
–
Artigos de viagem
–
Produtos sanitários
Fonte:
SPED BRASIL
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